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Estudos Bíblicos
O vinho acabou
Pr. Edmundo Felix
A
melhor maneira de agir diante das coisas importantes que se acabam é a
sinceridade, é reconhecer que acabou, que precisa de um milagre, da
ressurreição, do recomeço, é confessar e segredar ao único que pode
fazer tudo novo onde o fim chegou.
Muitas vezes o orgulho nos impede de sermos sinceros e
reconhecermos o fim das coisas boas da nossa vida. Preferimos fingir
que estamos bem quando queremos gritar que estamos mal, deixar de sermos
polidos, sermos e agirmos como pessoas normais e sinceras que perderam o
tesouro, que chegaram ao fim, que conheceram os limites, que esgotaram a
ultima gota, que caiu a última pétala, mas ainda resta o suspiro, o
fôlego para ser usado com sinceridade.
É muito singela a história da transformação de 480
litros de água em vinho da melhor qualidade, acontecida durante os
festejos de um casamento realizado em Caná da Galiléia, logo no início
do ministério de Jesus. Sabedora do constrangimento pelo qual estava
passando a família do noivo, a mãe de Jesus se aproximou dele e lhe
disse: “O vinho acabou”. Depois, aproximando-se também dos desnorteados
serventes lhes ordenou: “Façam o que Ele mandar”. A Jesus, Maria não deu
ordem alguma. Apenas comunicou o fato: “Acabou o vinho”.
Aqui está um precioso modelo de oração. Embora Deus
saiba de tudo que nos ocorre, é muito saudável mencionar nas orações as
diferentes situações embaraçosas que nos acontecem, quase sempre de
surpresa.
Em algumas situações, podemos procurar o Senhor e
segredar Lhe humildemente: “Acabou o ânimo”, “Acabou o pão”, “Acabou a
alegria”, “Acabou a paciência”, “Acabou a esperança”, “Acabaram os
recursos”, “Acabou o amor”, “acabou a fé”, acabou a vergonha”, acabou a
esperança” e assim por diante.
Essas são orações sem rodeio, que mencionam o âmago
do problema. São corajosas, sinceras, humildes. Essas orações significam
uma exposição da alma, da angústia que está, até então, presa lá
dentro. É uma confissão: “Acabou o vinho”.
Uma vez introduzido na questão alheia, Jesus age, dá
ordens, toma providências. No caso das bodas de Caná, Ele mandou fazer
duas coisas: “Encham de água os seis potes de pedra” e “Tirem um pouco de água destes potes e levem ao dirigente da festa”
(Jo 2.1-12). Embora fosse apenas um convidado, e não o noivo nem o pai
do noivo, nem o mestre de cerimônias, nem um dos serventes, Jesus foi
obedecido e a água se transformou em vinho, melhor que o anteriormente
servido.
Se Jesus solucionou um problema de etiqueta social,
não resolveria problemas mais sérios, envolvendo as necessidades
físicas, emocionais e as morais? O que precisamos é da bem-aventurada
ousadia para confessar sempre que necessário: “Acabou o vinho”!
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